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TRATAMENTO

Os medicamentos antirretrovirais surgiram na década de 1980 para impedir a multiplicação do vírus no organismo. Eles não matam o HIV, vírus causador da AIDS, mas ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico. Por isso, seu uso é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida de quem tem AIDS. Desde 1996, o Brasil distribui gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde) o coquetel antiaids para todos que necessitam do tratamento. O Ministério da Saúde iniciou em 2014 a oferta da dose tripla combinada, o chamado três em um, dos medicamentos Tenofovir, Lamivudina e Efavirenz.

Ações dos medicamentos:

· Inibidores nucleosídeos da transcriptase reversa: Essa classe de medicamentos atua sobre a enzima transcriptase reversa, tornando defeituosa a cadeia de DNA que o vírus HIV cria dentro das células de defesa do organismo, impedindo que o vírus se reproduza. Exemplos: Abacavir, Didanosina, Lamivudina, Tenofovir e Zidovudina.

· Inibidores não nucleosídeos da transcriptase reversa: Essa classe de medicamentos atua sobre a enzima transcriptase reversa, bloqueando diretamente sua ação e a multiplicação do vírus. Exemplos: Efavirenz, Nevirapina e Etravirina.

· Inibidores de protease: Medicamentos que atuam na enzima protease, bloqueando sua ação e impedindo a produção de novas cópias de células infectadas com HIV. Exemplos: Atazanavir, Darunavir, Fosamprenavir, Lopinavir, Nelfinavir, Ritonavir, Saquinavir e Tipranavir.

· Inibidores de fusão: Medicamentos que impedem a entrada do vírus HIV nas células de defesa do organismo, impedindo a sua reprodução. Exemplo: Enfuvirtida.

· Inibidores da integrase: Medicamentos que bloqueiam a atividade da enzima integrase, responsável pela inserção do DNA do HIV ao DNA humano (código genético da célula). Assim, inibe a replicação do vírus e sua capacidade de infectar novas células. Exemplos: Dolutegravir e Raltegravir.

· Inibidores de entrada: Nova classe de medicamentos que impedem a entrada do vírus HIV nas células de defesa do organismo, impedindo a sua reprodução. No caso específico do Maraviroc, sua atuação se baseia no bloqueio dos receptores CCR5 (proteína localizada na superfície dos macrófagos - células do sistema imunológico) impedindo a entrada do HIV e a infecção destas células. Exemplo: Maraviroc.

Para combater o HIV é necessário utilizar pelo menos três antirretrovirais combinados, sendo dois medicamentos de classes diferentes, que poderão ser combinados em um só comprimido. O tratamento é complexo, necessita de acompanhamento médico para avaliar as adaptações do organismo ao tratamento, seus efeitos colaterais e as possíveis dificuldades em seguir corretamente as recomendações médicas, ou seja aderir ao tratamento .

Depois da indicação do médico e com a receita em mãos, o soropositivo deve retirar os remédios em uma Unidade Dispensadora de Medicamentos (UDM). Geralmente, essa distribuição é feita nos próprios Serviços de Assistência Especializada (SAE), onde ocorrem as consultas.

Cada medicamento possui uma forma diferente de preparo e consumo. Para o sucesso do tratamento, é fundamental seguir corretamente as recomendações médicas, respeitando-se os horários. O consumo de álcool, drogas e outros medicamentos podem prejudicar o tratamento e até fazer o paciente passar mal.

Interromper, abandonar ou não tomar corretamente os medicamentos prejudica o tratamento. Atitudes como essa podem causar resistência do vírus ao princípio ativo do remédio. Com isso, as opções de combinações de medicamentos diminuem, interferindo na sobrevida do soropositivo.


MINISTÉRIO DA SAÚDE; DEPARTAMENTO DE DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS. Medicamentos anti-HIV. Disponível em:<http://giv.org.br/HIV-e-AIDS/Medicamentos/index.html>.


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